quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014
Há ou não Espíritos bons e maus?
2º Deus é ou não mais poderoso do que os maus Espíritos, ou do
que os demônios, se assim lhes quiserdes chamar?
3º Afirmar que só os maus se comunicam é dizer que os bons não o
podem fazer. Sendo assim, uma de duas: ou isto se dá pela vontade, ou contra a
vontade de Deus. Se contra a Sua vontade, é que os maus Espíritos podem mais do
que Ele; se, por vontade Sua, por que, em Sua bondade, não permitiria Ele que
os bons fizessem o mesmo, para contrabalançar a influência dos outros?
4º Que provas podeis apresentar da impossibilidade em que estão
os bons Espíritos de se comunicarem?
5º Quando se vos opõe a sabedoria de certas comunicações, respondeis
que o demônio usa de todas as máscaras para melhor seduzir. Sabemos, com
efeito, haver Espíritos hipócritas, que dão à sua linguagem um verniz de
sabedoria; mas, admitis que a ignorância pode falsificar o verdadeiro saber e
uma natureza má imitar a verdadeira virtude, sem deixar vestígio que denuncie a
fraude?
6º Se só o demônio se comunica, sendo ele o inimigo de Deus e
dos homens, por que recomenda que se ore a Deus, que nos submetamos à vontade
de Deus, que suportemos sem queixas as tribulações da vida, que não ambicionemos
as honras, nem as riquezas, que pratiquemos a caridade e todas as máximas do
Cristo, numa palavra: que façamos tudo o que é preciso para lhe destruir o
império, dele, demônio? Se tais conselhos o demônio é quem os dá, forçoso será
convir em que, por muito manhoso que seja, bastante inábil é ele, fornecendo armas
contra si mesmo1.
1 Esta questão foi tratada em O Livro dos Espíritos (números 128 e seguintes); mas, com relação a este assunto, como
acerca de tudo o que respeita à parte religiosa, recomendamos a brochura
intitulada:
Carta de um católico sobre o Espiritismo, do Dr. Grand, ex-cônsul da França (à venda na Livraria Ledoyen,
in-18; preço 1 franco), bem como a que vamos publicar sob o título: Os contraditores do Espiritismo, do ponto de vista da religião, da ciência e do
materialismo.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
AS LEIS E AS FORÇAS
8. Se um desses seres desconhecidos que consomem a
sua efêmera existência no fundo das tenebrosas regiões do oceano; se
um desses poligástricos, uma dessas nereidas — miseráveis animálculos que da Natureza mais não conhecem do
que os peixes ictiófagos e as florestas submarinas — recebesse de repente o dom da inteligência, a faculdade
de estudar o seu mundo e de basear suas apreciações num
raciocínio conjetural extensivo à universalidade das coisas, que idéia faria da
natureza viva que se desenvolve no meio por ele habitado e do mundo terrestre
que escapa ao campo de suas observações? Se, agora, por maravilhoso efeito
do poder da sua nova faculdade, esse mesmo ser chegasse a elevar-se, acima das suas
trevas eternas, a galgar a superfície do mar, não distante das margens
opulentas de uma ilha de esplêndida vegetação, banhada pelo Sol fecundante,
dispensador de calor benéfico, que juízo faria ele das suas antecipadas teorias
sobre a criação universal? Não as baniria, de pronto, substituindo- as por uma
apreciação mais ampla, relativamente tão incompleta quanto a primeira? Tal, ó
homens, a imagem da vossa ciência toda especulativa.1
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Obsessão simples
237. Entre os escolhos que apresenta a prática do
Espiritismo, cumpre se coloque na primeira linha a obsessão, isto é, o
domínio que alguns Espíritos logram adquirir sobre certas pessoas. Nunca é praticada
senão pelos Espíritos inferiores, que procuram dominar. Os bons Espíritos nenhum
constrangimento infligem. Aconselham, combatem a influência dos maus e, se não
os ouvem, retiram-se. Os maus, ao contrário, se agarram àqueles de quem podem fazer suas presas. Se chegam a dominar algum, identificam-se com
o Espírito deste e o conduzem como se fora verdadeira criança.
A obsessão apresenta caracteres diversos, que é preciso distinguir
e que resultam do grau do constrangimento e da natureza dos efeitos que produz.
A palavra obsessão é, de certo modo, um termo genérico, pelo qual se designa esta
espécie de fenômeno, cujas principais variedades são: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação.
238. Dá-se a obsessão simples, quando um Espírito malfazejo
se impõe a um médium, se imiscui, a seu mau grado, nas comunicações que ele
recebe, o impede de se comunicar com outros Espíritos e se apresenta em lugar dos
que são evocados.
Ninguém está obsidiado pelo simples fato de ser enganado por um
Espírito mentiroso. O melhor médium se acha exposto a isso, sobretudo, no
começo, quando ainda lhe falta a experiência necessária, do mesmo modo que,
entre nós homens, os mais honestos podem ser enganados por velhacos.
Pode-se, pois, ser enganado, sem estar obsidiado.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
UNIÃO DA ALMA E DO CORPO
344. Em que momento a alma se une ao
corpo? “A união
começa na concepção, mas só é completa por ocasião do nascimento. Desde
o instante da concepção, o Espírito designado para habitar certo corpo a
este se liga por um laço fluídico, que cada vez mais se vai apertando
até ao instante em que a criança vê a luz. O grito, que o recém-nascido
solta, anuncia que ela se conta no número dos vivos e dos servos de
Deus.”
345. É definitiva a união do Espírito
com o corpo desde o momento da concepção? Durante esta
primeira fase, poderia o Espírito renunciar a habitar o corpo que lhe está
destinado? “É
definitiva a união, no sentido de que outro Espírito não poderia
substituir o que está designado para aquele corpo. Mas, como os laços
que ao corpo o prendem são ainda muito fracos, facilmente se rompem e
podem romper- se por vontade do Espírito, se este recua diante da prova
que escolheu. Em tal caso, porém, a criança não vinga.”
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
Intervenção dos demônios nas modernas Manifestações
1. Os modernos fenômenos do Espiritismo têm atraído
a atenção sobre fatos análogos de todos os tempos, e nunca a História foi tão
compulsada neste sentido como ultimamente.
Pela semelhança dos efeitos, inferiu-se a unidade da causa. Como
sempre acontece relativamente a fatos extraordinários que o senso comum
desconhece, o vulgo viu nos fenômenos espíritas uma causa sobrenatural, e a
superstição completou o erro ajuntando-lhes absurdas crendices. Provém daí uma
multidão de lendas que, pela maior parte, são um amálgama de poucas verdades e
muitas mentiras.
2. As doutrinas sobre o demônio, prevalecendo por
tanto tempo, haviam de tal maneira exagerado o seu poder, que fizeram, por
assim dizer, esquecer Deus; por toda parte surgia o dedo de Satanás, bastando
para tanto que o fato observado ultrapassasse os limites do poder humano. Até as
coisas melhores, as descobertas mais úteis, sobretudo as que podiam abalar a
ignorância e alargar o circulo das idéias — foram tidas muita vez por obras
diabólicas. Os fenômenos espíritas de nossos dias, mais generalizados e mais
bem observados à luz da razão e com o auxilio da Ciência, confirmaram, é certo,
a intervenção de inteligências ocultas, porém agindo dentro de leis naturais e
revelando por sua ação uma nova força e leis até então desconhecidas.
A questão reduz-se, portanto, a saber de que ordem são essas
inteligências.
Enquanto se não possuía do mundo espiritual noções mais que
incertas e sistemáticas, a verdade podia ser desviada; mas hoje que observações
rigorosas e estudos experimentais esclareceram a natureza, origem e destino dos Espíritos, bem como o seu modo de ação e papel no Universo —
hoje, dizemos, a questão se resolve por fatos. Sabemos, agora, que essas inteligências
ocultas são as almas dos que viveram na Terra. Sabemos também que as diversas categorias
de bons e maus Espíritos não são seres de espécies diferentes, porém que apenas
representam graus diversos de adiantamento. Segundo a posição que ocupam em virtude do desenvolvimento
intelectual e moral, os seres que se manifestam apresentam os mais fundos
contrastes, sem que por isso possamos supor não tenham saído todos da grande
família humana, do mesmo modo que o selvagem, o bárbaro e o homem civilizado.
3. Sobre este ponto, como sobre muitos outros, a
Igreja mantém as velhas crenças a respeito dos demônios. Diz ela: “Há princípios que não variam há dezoito séculos, porque são
imutáveis.” O seu erro é precisamente esse de não levar em conta o progresso
das idéias; é supor Deus insuficientemente sábio para não proporcionar a
revelação ao desenvolvimento das inteligências; é, em suma, falar aos
contemporâneos a mesma linguagem do passado. Ora, progredindo a Humanidade
enquanto a Igreja se abroquelaem velhos erros sistematicamente, tanto em
matéria espiritual como na científica, cedo virá a incredulidade, avassalando a
própria Igreja.
4. Eis como esta explica a intervenção exclusiva
dos demônios nas manifestações espíritas:1
“Nas suas intervenções exteriores os demônios procuram dissimular
a sua presença, a fim de afastar suspeitas.
Sempre astutos e pérfidos, seduzem o homem com ciladas antes de
algemá-lo na opressão e no servilismo. “Aqui lhe aguçam a curiosidade com
fenômenos e partidas pueris; além, despertam-lhe a admiração e subjugam-no pelo
encanto do maravilhoso.
“Se o sobrenatural aparece e os desmascara, então, acalmam-se,
extinguem quaisquer apreensões, solicitam confiança e provocam familiaridade. “Ora
se apresentam como divindades e bons gênios, ora assimilam nomes e mesmo traços
de memorados mortos.
Com o auxílio de tais fraudes dignas da antiga serpente, falam e
são ouvidos; dogmatizam e são acreditados; mis-
sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
Da mediunidade nos animais
234. Podem os animais ser médiuns? Muitas vezes tem sido
formulada esta pergunta, à qual parece que alguns fatos respondem afirmativamente.
O que, sobretudo, tem autorizado a opinião dos que pensam assim são os notáveis
sinais de inteligência de alguns pássaros que, educados, parecem adivinhar o
pensamento e tiram de um maço de cartas as que podem responder com exatidão a
uma pergunta feita. Observamos com especial atenção tais experiências e o que mais admiramos foi a arte que houve de ser
empregada para a instrução dos ditos pássaros.
Incontestavelmente, não se lhes pode recusar uma certa dose de
inteligência relativa, mas preciso se torna convir em que, nesta circunstância,
a perspicácia deles ultrapassaria de muito a do homem, pois ninguém há que
possa lisonjear-se de fazer o que eles fazem. Fora mesmo necessário supor-lhes,
para algumas experiências, um dom de segunda vista superior ao dos sonâmbulos
mais lúcidos.
Sabe-se, com efeito, que a lucidez é essencialmente variável e
sujeita a frequentes intermitências, ao passo que nesses animais seria permanente
e funcionaria com uma regularidade e precisão que em nenhum sonâmbulo se veem. Numa
palavra: ela nunca lhes faltaria.
Na sua maior parte, as experiências que presenciamos são da
natureza das que fazem os prestidigitadores e não podiam deixar-nos em dúvida
sobre o emprego de alguns dos meios de que usam estes, notadamente o das cartas
forçadas. A arte da prestidigitação consiste em dissimular esses meios, sem o que o efeito não teria graça. Todavia, o
fenômeno, mesmo reduzido a estas proporções, não se apresenta menos interessante
e há sempre que admirar o talento do instrutor, tanto quanto a inteligência do aluno,
pois que a dificuldade a vencer é bem maior do que seria se o pássaro agisse
apenas em virtude de suas próprias faculdades. Ora, levá-lo a fazer coisas que
excedem o limite do possível para a inteligência humana é provar, por este
simples fato, o emprego de um processo secreto. Aliás, há uma circunstância que
jamais deixa de verificar-se: a de que os pássaros só chegam a tal grau de
habilidade, ao cabo de certo tempo e mediante cuidados especiais e
perseverantes, o que não seria necessário, se apenas a inteligência deles estivesse
em jogo. Não é mais extraordinário educá-los para tirar cartas, do que os
habituar a repetir árias, ou palavras.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
PRELÚDIO DA VOLTA
330. Sabem os Espíritos em que época
reencarnarão? “Pressentem-na,
como sucede ao cego que se aproxima do fogo. Sabem que têm de retomar um
corpo, como sabeis que tendes de morrer um dia, mas ignoram quando isso
se dará.” (166)
a)— Então, a reencarnação é uma
necessidade da vida espírita, como a morte o é da vida corporal? “Certamente; assim é.”
331. Todos os Espíritos se preocupam com
a sua reencarnação? “Muitos há que em tal coisa não
pensam, que nem sequer a compreendem. Depende de estarem mais ou menos
adiantados. Para alguns, a incerteza em que se acham do futuro que
os aguarda constitui punição.”
332. Pode o Espírito apressar ou
retardar o momento da sua reencarnação?
“Pode apressá-lo, atraindo-o por um
desejo ardente. Pode igualmente distanciá-lo, recuando diante da prova, pois
entre os Espíritos também há covardes e indiferentes. Nenhum, porém, assim
procede impunemente, visto que sofre por isso, como aquele que recusa o remédio
capaz de curá-lo.”
333. Se se considerasse bastante feliz,
numa condição mediana entre os Espíritos errantes e, conseguintemente, não
ambicionasse elevar-se, poderia um Espírito prolongar indefinidamente esse
estado? “Indefinidamente,
não. Cedo ou tarde, o Espírito sente a necessidade de progredir. Todos
têm que se elevar; esse o destino de todos.”
334. Há predestinação na união da alma
com tal ou tal corpo, ou só à última hora é feita a escolha do corpo que ela
tomará?
“O Espírito é sempre, de antemão,
designado. Tendo escolhido a prova a que queira submeter-se, pede para encarnar.
Ora, Deus, que tudo sabe e vê, já antecipadamente sabia e vira que tal Espírito
se uniria a tal corpo.”
335. Cabe ao Espírito a escolha do corpo
em que encarne, ou somente a do gênero de vida que lhe sirva de prova? “Pode também escolher o corpo,
porquanto as imperfeições que este apresente ainda serão, para o
Espírito, provas que lhe auxiliarão o progresso, se vencer os obstáculos
que lhe oponha. Nem sempre, porém, lhe é permitida a escolha do seu
invólucro corpóreo; mas, simplesmente, a faculdade de pedir que seja tal
ou qual.”
domingo, 2 de fevereiro de 2014
A Indulgência
16. Espíritas, queremos falar-vos hoje da
indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com
seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.
A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita
falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem
conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre
pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência
de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.
A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a
menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de
os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos
lábios censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, velados. Quando
criticais, que consequência se há de tirar das vossas palavras? A de que não
tereis feito o que reprovais, visto que, estais a censurar; que valeis mais do
que o culpado.
Ó homens! quando será que julgareis os vossos próprios corações,
os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com
o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos? Sede,
pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos
daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada
coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais,
ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos
de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas
mais graves.
Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai,
acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita. – José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
17. Sede indulgentes com as faltas alheias,
quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias
ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência
houverdes usado para com os outros.
Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os
fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor
arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas
asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não
pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso
Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo,
pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão
ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente
a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.
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