quarta-feira, 30 de outubro de 2013
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Das mistificações
303. Se o ser enganado é desagradável, ainda mais o é
ser mistificado. Esse, aliás, um dos inconvenientes de que mais facilmente nos
podemos preservar. De todas as instruções precedentes ressaltam os meios de se
frustrarem as tramas dos Espíritos enganadores. Por essa razão, pouca coisa
diremos a tal respeito. Sobre o assunto, foram estas as respostas que nos deram
os Espíritos:
1ª As mistificações constituem um dos escolhos mais desagradáveis
do Espiritismo prático. Haverá meio de nos preservarmos deles? “Parece-me que
podeis achar a resposta em tudo quanto vos tem sido ensinado. Certamente que há
para isso um meio simples: o de não pedirdes ao Espiritismo senão o que ele vos
possa dar. Seu fim é o melhoramento moral da Humanidade; se vos não afastardes
desse objetivo, jamais sereis enganados, porquanto não há duas maneiras de se compreender
a verdadeira moral, a que todo homem de bom-senso pode admitir.
“Os Espíritos vos vêm instruir e guiar no caminho do bem e não
no das honras e das riquezas, nem vêm para atender às vossas paixões mesquinhas.
Se nunca lhes pedissem nada de fútil, ou que esteja fora de suas atribuições, nenhum
ascendente encontrariam jamais os enganadores; donde deveis concluir que aquele
que é mistificado só o é porque o merece.
sábado, 26 de outubro de 2013
Da influência moral do médium - II
“Conheces, porventura, todos os escaninhos da alma humana? Demais, pode a criatura ser leviana e frívola, sem que seja viciosa. Também isso se dá, porque, às vezes, ele necessita de uma lição, a fim de manter-se em guarda.” 7ª Por que permitem os Espíritos superiores que pessoas dotadas de grande poder, como médiuns, e que muito de bom poderiam fazer, sejam instrumentos do erro?
“Os Espíritos de que falas procuram influenciá-las; mas, quando
essas pessoas consentem em ser arrastadas para mau caminho, eles as deixam ir.
Daí o servirem-se delas com repugnância, visto que a verdade não pode ser interpretada pela mentira.”
8ª Será absolutamente impossível se obtenham boas comunicações por um médium imperfeito? “Um médium imperfeito
pode algumas vezes obter boas coisas, porque, se dispõe de uma bela faculdade, não é raro que
os bons Espíritos se sirvam dele, à falta de outro, em circunstâncias especiais;
porém, isso só acontece momentaneamente, porquanto, desde que os Espíritos
encontrem um que mais lhes convenha, dão preferência a este.”
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
DAS EVOCAÇÕES - CONSIDERAÇÕES GERAIS
269. Os Espíritos podem comunicar-se espontaneamente,
ou acudir ao nosso chamado, isto é, vir por evocação. Pensam algumas pessoas
que todos devem abster-se de evocar tal ou tal Espírito e ser preferível que se
espere aquele que queira comunicar-se. Fundam-se em que, chamando determinado Espírito,
não podemos ter a certeza de ser ele quem se apresente, ao passo que aquele que
vem espontaneamente, de seu moto próprio, melhor prova a sua identidade, pois
que manifesta assim o desejo que tem de se entreter conosco. Em nossa opinião,
isso é um erro: primeiramente, porque há sempre em torno de nós Espíritos, as
mais das vezes de condição inferior, que outra coisa não querem senão comunicar-se;
em segundo lugar e mesmo por esta última razão, não chamar a nenhum em
particular é abrir a porta a todos os que queiram entrar. Numa assembléia, não
dar a palavra a ninguém é deixá-la livre a toda a gente e sabe-se o que daí
resulta. A chamada direta de determinado Espírito constitui um laço entre ele e
nós; chamamo-lo pelo nosso desejo e opomos assim uma espécie de barreira aos
intrusos. Sem uma chamada direta, um Espírito nenhum motivo terá muitas vezes para vir confabular conosco, a menos que seja o nosso Espírito familiar.
Cada uma destas duas maneiras de operar tem suas vantagens e nenhuma desvantagem haveria, senão na exclusão absoluta
de uma delas. As comunicações espontâneas inconveniente nenhum apresentam,
quando se está senhor dos Espíritos e certo de não deixar que os maus tomem a
dianteira. Então, é quase sempre bom aguardar a boa vontade dos que se disponham
a comunicar-se, porque nenhum constrangimento sofre o pensamento deles e dessa
maneira se podem obter coisas admiráveis; entretanto, pode suceder que o
Espírito por quem se chama não esteja disposto a falar, ou não seja capaz de
fazê-lo no sentido desejado. O exame escrupuloso, que temos aconselhado, é,
aliás, uma garantia contra as comunicações más.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Do laboratório do mundo Invisível
126. Temos dito que os Espíritos se apresentam
vestidos de túnicas, envoltos em largos panos, ou mesmo com os trajes que
usavam em vida. O envolvimento em panos parece costume geral no mundo dos
Espíritos. Mas, onde irão eles buscar vestuários semelhantes em tudo aos que
traziam quando vivos, com todos os acessórios que os completavam?
É fora de qualquer dúvida que não levaram consigo esses objetos, pois que os objetos reais temo-los ainda sob as
vistas. Donde então provêm os de que usam no outro mundo? Esta questão deu
sempre muito que pensar. Para muitas pessoas, porém, era simples motivo de
curiosidade.
A ocorrência, todavia, confirmava uma questão de princípio, de
grande importância, porquanto sua solução nos fez entrever uma lei geral, que
também encontra aplicação no nosso mundo corpóreo. Múltiplos fatos a vieram
complicar e demonstrar a insuficiência das teorias com que tentaram explicá-la.
Até certo ponto, poder-se-ia compreender a existência do traje, por ser
possível considerá-lo como, de alguma sorte, fazendo parte do indivíduo. O
mesmo, porém, não se dá com os objetos acessórios, qual, por exemplo, a caixa
de rapé do visitante da senhora doente, de quem falamos no 116.
Notemos, a este propósito, que ali não se tratava de um morto, mas de um vivo, e que tal senhor, quando voltou em
pessoa, trazia na mão uma caixa de rapé semelhante em tudo à da aparição. Onde
encontrara seu Espírito a que tinha consigo, quando sentado junto ao leito da
doente?
Poderíamos citar grande número de casos em que Espíritos, de
mortos ou de vivos, apareceram com diversos objetos, tais como bengalas, armas,
cachimbos, lanternas, livros, etc.
Veio-nos então uma idéia: a de que, possivelmente, aos corpos inertes da terra correspondem outros, análogos, porém
etéreos, no mundo invisível; de que a matéria condensada, que forma os objetos,
pode ter uma parte quintessenciada, que nos escapa aos sentidos. Não era
destituída de verossimilhança esta teoria, mas se mostrava impotente para
explicar todos os fatos. Um há, sobretudo, que parecia destinado a frustrar
todas as interpretações.
Até então, não se tratara senão de imagens, ou aparências. Vimos
perfeitamente bem que o perispírito pode adquirir as propriedades da matéria e
tornar-se tangível, mas essa tangibilidade é apenas momentânea e o corpo sólido
se desvanece qual sombra. Já é um fenômeno muito extraordinário; porém, o que o
é ainda mais é produzir-se matéria sólida persistente, conforme o provam
numerosos fatos autênticos, notadamente o da escrita direta, de que falaremos
minuciosamente em capítulo especial. Todavia, como este fenômeno se liga intimamente
ao assunto de que agora tratamos, constituindo uma de suas mais positivas aplicações,
antecipar-nos-emos, colocando-o antes do lugar em que, pela ordem, deveria ser
explanado.
127. A escrita direta, ou pneumatografia, é a que se produz espontaneamente, sem o concurso, nem da mão
do médium, nem do lápis. Basta tomar-se de uma folha de papel branco, o que se
pode fazer com todas as precauções necessárias, para se ter a certeza da
ausência de qualquer fraude, dobrá-la e depositá-la em qualquer parte, numa
gaveta, ou simplesmente
sobre um móvel. Feito isso, se a pessoa estiver nas devidas condições,
ao cabo de mais ou menos longo tempo encontrar-se-ão, traçados no papel,
letras, sinais diversos, palavras, frases e até dissertações, as mais das vezes
com uma substância acinzentada, análoga à plumbagina, doutras vezes com lápis vermelho,
tinta comum e, mesmo, tinta de imprimir.
Eis o fato em toda a sua simplicidade e cuja reprodução, se bem
pouco comum, não é, contudo, muito rara, porquanto pessoas há que a obtêm com
grande facilidade. Se ao papel se juntasse um lápis, poder-se-ia supor que o
Espírito se servira deste para escrever. Mas, desde que o papel é deixado
inteiramente só, evidente se torna que a escrita se formou por meio de uma
matéria depositada sobre ele. De onde tirou o Espírito essa matéria? Tal o
problema, a cuja solução fomos levados pela caixa de rapé a que há pouco nos
referíamos.
128. Foi o Espírito São Luís quem nos deu essa
solução, mediante as respostas seguintes:
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Da influência moral do Médium – I
226. 1ª O desenvolvimento da mediunidade guarda
relação com o desenvolvimento moral dos médiuns?
“Não; a faculdade propriamente dita se radica no organismo; independe
do moral. O mesmo, porém, não se dá com o seu uso, que pode ser bom, ou mau,
conforme as qualidades do médium.”
2ª Sempre se há dito que a mediunidade é um dom de Deus, uma
graça, um favor. Por que, então, não constitui privilégio dos homens de bem e
por que se veem pessoas indignas que a possuem no mais alto grau e que dela
usam mal?
“Todas as faculdades são favores pelos quais deve a
criatura render graças a Deus, pois que homens há privados delas.
Poderias igualmente perguntar por que concede Deus vista magnífica a
malfeitores, destreza a gatunos, eloquência aos que dela se servem para dizer
coisas nocivas O mesmo se dá com a mediunidade.
Se há pessoas indignas que a possuem, é que disso precisam mais do que as outras,
para se melhorarem. Pensas que Deus recusa meios de salvação aos culpados? Ao
contrário, multiplica-os no caminho que eles percorrem; põe-nos nas mãos deles. Cabe-lhes aproveitá-los. Judas, o traidor, não fez milagres e
não curou doentes, como apóstolo? Deus permitiu que ele tivesse esse dom, para
mais odiosa tornar aos seus próprios olhos a traição que praticou.”
3ª Os médiuns, que fazem mau uso das suas faculdades, que não se
servem delas para o bem, ou que não as aproveitam para se instruírem, sofrerão
as consequências dessa falta?
“Se delas fizerem mau uso, serão punidos duplamente, porque têm
um meio a mais de se esclarecerem e o não aproveitam. Aquele que vê claro e
tropeça é mais censurável do que o cego que cai no fosso.”
4ª Há médiuns aos quais, espontaneamente e quase constantemente, são dadas comunicações sobre o mesmo assunto,
sobre certas questões morais, por exemplo, sobre determinados defeitos. Terá
isso algum fim?
“Tem, e esse fim é esclarecê-lo sobre o assunto frequentemente repetido,
ou corrigi-los de certos defeitos. Por isso é que a uns falarão continuamente
do orgulho, a outros, da caridade. É que só a saciedade lhes poderá abrir, afinal,
os olhos. Não há médium que faça mau uso da sua faculdade, por ambição ou
interesse, ou que a comprometa por causa de um defeito capital, como o orgulho,
o egoísmo, a leviandade, etc., e que, de tempos a tempos, não receba admoestações
dos Espíritos. O pior é que as mais das vezes eles não as tomam como dirigidas
a si próprios.”
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
O JUGO LEVE
1. Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, 11:28 a 30.)
2. Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores
físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a
confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre
aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente
duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o
amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais
fatigados, que eu vos aliviarei.”
domingo, 13 de outubro de 2013
Intervenção dos demônios nas modernas manifestações – Parte final.
17. Dizem que há anjos de guarda; mas quando não
podem insinuar-se pela voz misteriosa da consciência ou da inspiração, por que
não empregarem meios de ação mais diretos e materiais de modo a chocar os
sentidos, uma vez que tais meios existem? E pois que tudo provém de Deus e nada
ocorre sem a sua permissão, podemos admitir que Ele faculte tais meios aos maus
Espíritos e os recuse aos bons?
Nesse caso é preciso confessar que Deus facilita mais poderes ao
demônio, para perder aos homens, do que aos anjos de guarda para salvá-los!
Pois bem! o que os anjos de guarda, segundo a Igreja, não podem fazer, fazem
por si os demônios: servindo-se de tais comunicações, ditas infe nais, reconduzem a Deus os que o renegavam e ao bem
os escravizados ao mal. Esses demônios fazem mais: dão-nos o espetáculo de
milhões de homens acreditando em Deus por intercessão da sua potência
diabólica, ao passo que a Igreja era impotente para convertê-los. Homens que
jamais oraram, fazem-no hoje com fervor, graças às instruções desses demônios!
Quantos orgulhosos, egoístas e devassos se tornaram humildes, caridosos e
recatados?! E tudo por obra do diabo! Ah! mas se assim for, claro é que a toda
essa gente o demônio tem prestado melhor serviço e guarda que os próprios
anjos. É necessário, porém, formar uma triste opinião do senso humano dos
nossos tempos, para crer que os homens aceitem cegamente tais idéias. Uma
religião, porém, que faz pedra angular de tal doutrina, uma religião que se
destrói pela base, em se lhe tirando os seus demônios, o seu inferno, as suas
penas eternas e o seu deus impiedoso; uma religião tal, dizemos, é uma religião
que se suicida.
18. Dizem que Deus enviou o Cristo, seu filho, para
salvar os homens, provando-lhes com isso o seu amor. Como se explica,
entretanto, que os deixasse depois em abandono?
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
PANTEÍSMO
14. Deus é um ser distinto, ou será,
como opinam alguns, a resultante de todas as forças e de todas as inteligências
do Universo reunidas?
“Se fosse assim, Deus não
existiria, porquanto seria efeito e não causa. Ele não pode
ser ao mesmo tempo uma e outra coisa.
“Deus existe; disso não podeis
duvidar e é o essencial. Crede-me, não vades além. Não vos
percais num labirinto donde não lograríeis sair. Isso não vos tornaria
melhores, antes um pouco mais orgulhosos, pois que acreditaríeis saber, quando
na realidade nada saberíeis. Deixai, conseguintemente, de lado todos esses
sistemas; tendes bastantes coisas que vos tocam mais de perto, a começar por
vós mesmos. Estudai as vossas próprias imperfeições, a fim de vos libertardes
delas, o que será mais útil do que pretenderdes penetrar no que é impenetrável.”
15. Que se deve pensar da opinião
segundo a qual todos os corpos da Natureza, todos os seres, todos os globos do Universo
seriam partes da Divindade e constituiriam, em conjunto, a própria Divindade,
ou, por outra, que se deve pensar da doutrina panteísta?
“Não podendo fazer-se Deus, o homem
quer ao menos ser uma parte de Deus.”
domingo, 6 de outubro de 2013
OS BONS ESPÍRITAS
4. Bem compreendido, mas sobretudo bem sentido, o
Espiritismo leva aos resultados acima expostos, que caracterizam o verdadeiro
espírita, como o cristão verdadeiro, pois que um o mesmo é que outro. O
Espiritismo não institui nenhuma nova moral; apenas facilita aos homens a
inteligência e a prática da do Cristo, facultando fé inabalável e esclarecida
aos que duvidam ou vacilam.
Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo.
Muitos, entretanto, dos que acreditam nos fatos das manifestações não lhes apreendem as conseqüências, nem o alcance moral, ou, se os apreendem, não os aplicam a si mesmos. A que atribuir isso? A alguma falta de clareza da Doutrina? Não, pois que ela não contém alegorias nem figuras que possam dar lugar a falsas interpretações. A clareza é da sua essência mesma e é donde lhe vem toda a força, porque a faz ir direito à inteligência. Nada tem de misteriosa e seus iniciados não se acham de posse de qualquer segredo, oculto ao vulgo.
Será então necessária, para compreendê-la, uma inteligência fora
do comum? Não, tanto que há homens de notória capacidade que não a compreendem,
ao passo que inteligências vulgares, moços mesmo, apenas saídos da adolescência,
lhes apreendem, com admirável precisão, os mais delicados matizes. Provém isso
de que a parte por assim dizer material da ciência somente
requer olhos que observem, enquanto a parte essencial exige um certo
grau de sensibilidade, a que se pode
chamar maturidade do senso moral, maturidade que independe da idade e do grau de instrução, porque
é peculiar ao desenvolvimento, em sentido especial, do Espírito encarnado. Nalguns, ainda muito tenazes são os laços da matéria para permitirem que o Espírito se desprenda das coisas da Terra;
a névoa que os envolve tira-lhes a visão do infinito, donde resulta não
romperem facilmente com os seus pendores, nem com seus hábitos, não percebendo
haja qualquer coisa melhor do que aquilo de que são dotados. Têm a crença nos
Espíritos como um simples fato, mas que nada ou bem pouco lhes modifica as
tendências instintivas. Numa palavra: não divisam mais do que um raio de luz,
insuficiente a guiá-los e a lhes facultar uma vigorosa aspiração, capaz de lhes
sobrepujar as inclinações. Atêm-se mais aos fenômenos do que à moral, que se
lhes afigura cediça e monótona. Pedem aos Espíritos que incessantemente os iniciem
em novos mistérios, sem procurar saber se já se tornaram dignos de penetrar os
arcanos do Criador. Esses são os espíritas imperfeitos, alguns dos quais ficam
a meio caminho ou se afastam de seus irmãos em crença, porque recuam ante a
obrigação de se reformarem, ou então guardam as suas simpatias para os que lhes
compartilham das fraquezas ou das prevenções. Contudo, a aceitação do princípio
da doutrina é um primeiro passo que lhes tornará mais fácil o segundo, noutra
existência.
quinta-feira, 3 de outubro de 2013
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Intervenção dos demônios nas modernas manifestações – 6ª Parte.
...Qual é o homem de boa-fé que pode lobrigar nestes preceitos
atribuições incompatíveis com Espíritos elevados?
Não, o Espiritismo não confunde os Espíritos, antes, pelo contrário,
distingue os. A Igreja, sim, atribui aos demônios uma inteligência igual à dos
anjos, ao passo que o Espiritismo afirma e confirma, baseado na observação dos
fatos, que os Espíritos inferiores são mais ou menos ignorantes, tendo muito
limitados o seu horizonte moral e perspicácia, de feição a terem das coisas uma
idéia muita vez falsa e incompleta, incapazes de resolver certas questões e,
conseguintemente, de fazer tudo quanto se atribui aos demônios.
14. “As almas dos mortos, que Deus proíbe evocar,
essas demoram no lugar que lhes designa a sua justiça, e não podem, sem sua
permissão, colocar-se à disposição dos vivos.” O Espiritismo vai além, é mais rigoroso: não admite manifestação
de quaisquer Espíritos, bons ou maus, sem a permissão de Deus, ao passo que a Igreja de tal não cogita relativamente
aos demônios, os quais, segundo a sua teoria, se dispensam de tal permissão.
O Espiritismo diz mais que, mediante tal permissão e correspondendo
ao apelo dos vivos, os Espíritos não se põem à disposição destes. O Espírito evocado vem voluntariamente, ou é constrangido a
manifestar-se?
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