Que remédio, então, prescrever aos atacados de
obsessões cruéis e de cruciantes males? Só um é infalível: a fé, o apelo ao
Céu. Se, na maior acerbidade dos vossos sofrimentos, entoardes hinos ao Senhor,
o anjo, à vossa cabeceira, com a mão vos apontará o sinal da salvação e o lugar
que um dia ocupareis... A fé é o remédio seguro do sofrimento;
mostra sempre os horizontes do infinito diante
dos quais se esvaem os poucos dias brumosos do
presente. Não nos pergunteis, portanto, qual o remédio para curar tal úlcera ou
tal chaga, para tal tentação ou tal prova. Lembrai-vos de que aquele que crê é
forte pelo remédio da fé e que aquele que duvida um instante da sua eficácia é
imediatamente
punido, porque logo sente as pungitivas
angústias da aflição.
O Senhor apôs o seu selo em todos os que nele creem. O Cristo vos disse que com a fé se transportam montanhas e eu vos digo
que aquele que sofre e tem a fé por amparo ficará sob a sua égide e não mais
sofrerá. Os momentos das mais fortes dores lhe serão as primeiras notas alegres
da eternidade. Sua alma se desprenderá de tal maneira do corpo que, enquanto se
estorcer em convulsões, ela planará nas regiões celestes, entoando, com os
anjos, hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.
Ditosos os que sofrem e choram! Alegres estejam
suas almas, porque Deus as cumulará de bem-aventuranças. – Santo Agostinho. (Paris, 1863.)
ALLAN KARDEC – O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
- FEB
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