quarta-feira, 30 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA
29. Aquele que se acha desgostoso da vida, mas que não quer
extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo
de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?
Que o homem se mate ele próprio, ou faça que
outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por
conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a ideia de que
sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o
ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao
seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que,
morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não
temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de
antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço,
anula o mérito da ação. – S.
Luís. (Paris, 1860.)
30. Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a
um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser
considerado suicídio?
Desde que no ato não entre a intenção de buscar
a morte, não há suicídio e, sim, apenas, devotamento e abnegação, embora também
haja a certeza de que morrerá. Mas, quem pode ter essa certeza? Quem poderá
dizer que a Providência não reserva um inesperado meio de salvação para o
momento mais crítico? Não poderia ela salvar mesmo aquele que
segunda-feira, 21 de abril de 2014
É PERMITIDO REPREENDER OS OUTROS, NOTAR AS IMPERFEIÇÕES DE OUTREM, DIVULGAR O MAL DE OUTREM?
19. Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de
repreender o seu próximo?
Certamente que não é essa a conclusão a
tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e,
sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação,
para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo
prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma
maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o
cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo
tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. – S. Luís. (Paris, 1860.)
20. Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando
daí nenhum proveito possa resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?
em toda a parte só o bem. Semelhante ilusão
prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se que a observação redunde em
detrimento do próximo, desacreditando-o, sem necessidade, na opinião geral. Igualmente
repreensível seria fazê-lo alguém apenas para dar expansão a um sentimento de
malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o
contrário quando, estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja,
aquele que note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é,
para se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma,
não é proveitosa ao moralista? Como pintaria ele os defeitos humanos, se não estudasse
os modelos? – S. Luís (Paris, 1860.)
21. Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem? É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida.
sábado, 19 de abril de 2014
O MANDAMENTO MAIOR. FAZERMOS AOS OUTROS O QUE QUEIRAMOS QUE OS OUTROS NOS FAÇAM. PARÁBOLA DOS CREDORES E DOS DEVEDORES
1. Os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus,
reuniram-se; e um deles, que era doutor da lei, para o tentar, propôs-lhe esta questão:
– “Mestre, qual o mandamento maior da lei?” – Jesus respondeu: “Amarás o Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e
de todo o teu espírito; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o
segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses
dois mandamentos.” (S. MATEUS, 22:34 a 40.)
2. Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas. (Idem, 7:12.) Tratai todos os homens como quereríeis que eles
vos tratassem. (S. LUCAS, 6:31.)
3. O reino dos céus é comparável a um rei que quis tomar contas aos
seus servidores. – Tendo começado a fazê-lo, apresentaram-lhe um que lhe devia
dez mil talentos. – Mas, como não tinha meios de os pagar, mandou seu senhor
que o vendessem a ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que lhe pertencesse,
para pagamento da dívida.
– O servidor, lançando-se-lhe aos pés, o
conjurava, dizendo: “Senhor, tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo” –
Então, o senhor, tocado de compaixão, deixou-o ir e lhe perdoou a dívida.
– Esse servidor, porém, ao sair encontrando um
de seus companheiros, que lhe devia cem dinheiros, o segurou pela goela e,
quase a estrangulá-lo dizia: “Paga o que me deves.” – O companheiro, lançando-se-lhe
aos pés, o conjurava, dizendo: “Tem um pouco de paciência e eu te pagarei tudo:
– Mas o outro não quis escutá-lo; foi-se e o mandou prender, para tê-lo preso
até pagar o que lhe devia. Os outros servidores, seus companheiros, vendo o que
se passava, foram, extremamente aflitos, e informaram o senhor de tudo o que
acontecera.
quarta-feira, 16 de abril de 2014
JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES
1. Bem-aventurados os que choram, pois que
serão consolados. – Bem-aventurados os famintos
e os sequiosos de justiça, pois que serão
saciados.
– Bem-aventurados os que sofrem perseguição
pela justiça, pois que é deles o reino dos
céus. (S. MATEUS, 5:4, 6 e 10.)
2. Bem-aventurados vós, que sois pobres, porque
vosso é o reino dos céus. – Bem-aventurados
vós, que agora tendes fome, porque sereis
saciados. – Ditosos sois, vós que agora chorais,
porque rireis. (S. LUCAS, 6:20 e 21.)
Mas, ai de vós, ricos! que tendes no mundo a
vossa consolação. – Ai de vós que estais
saciados,
porque tereis fome. – Ai de vós que agora
rides, porque sereis constrangidos a gemer e a
chorar. (S. LUCAS, 6:24 e 25.)
3. Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que
Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas
seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente
se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. É, dizem, para se ter
maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros?
Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem
feito que justifique essas posições?
Por que uns nada conseguem, ao passo que a
outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os
bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e
que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro
pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que
parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência
de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele
necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não
seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem
com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se.
Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e
hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela
completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra
dos Espíritos.
Allan Kardec – O Evangelho Segundo O Espiritismo –
Feb.
quarta-feira, 9 de abril de 2014
Ninguém poderá ver o reino de Deus se não nascer de novo
1. Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe,
interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do
Homem?
Quem dizem que eu sou?” – Eles lhe responderam: “Dizem
uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos
profetas.” – Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” – Simão
Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo:” –
Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram
a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. MATEUS, 16:13 a 17; S. MARCOS, 8:27
a 30.)
2. Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que
fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso – porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos;
outros que aparecera Elias; e outros que um dos antigos profetas ressuscitara. –
Disse então Herodes: “Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse
de quem ouço dizer tão grandes coisas?” E ardia por vê-lo. (S. MARCOS, 6:14 a 16; S. LUCAS, 9:7 a 9.)
terça-feira, 8 de abril de 2014
domingo, 6 de abril de 2014
quinta-feira, 3 de abril de 2014
FACULDADES MORAIS E INTELECTUAIS DO HOMEM
“São as do
Espírito nele encarnado. Quanto mais puro é esse Espírito, tanto mais propenso
ao bem é o homem.”
a) — Seguir-se-á
daí que o homem de bem é a encarnação de um bom
Espírito e o homem vicioso a de um Espírito mau? de um Espírito
imperfeito, pois, do contrário, poderias fazer crer na existência de
Espíritos sempre maus, a que chamais demônios.”
362. Qual o caráter
dos indivíduos em que encarnam Espíritos desassisados e levianos? “São indivíduos
estúrdios, maliciosos e, não raro, criaturas malfazejas.”
363. Têm os Espíritos
paixões de que não partilhe a Humanidade?
“Não, que, de
outro modo, vo-las teriam comunicado.”
364. O mesmo Espírito
dá ao homem as qualidades morais e as da inteligência?
“Certamente e
isso em virtude do grau de adiantamento a que se haja elevado. O homem não tem
em si dois Espíritos.”
365. Por que é que alguns
homens muito inteligentes, o que indica acharem-se encarnados neles Espíritos
superiores, são ao mesmo tempo profundamente viciosos?
“É que não são
ainda bastante puros os Espíritos encarnados nesses homens, que, então, e por
isso, cedem à influência de
outros Espíritos mais imperfeitos. O Espírito progride em
insensível marcha ascendente, mas o progresso não se efetua simultaneamente em
todos os sentidos. Durante um
período da sua existência, ele se adianta em ciência; durante outro, em
moralidade.”
366. Que se deve
pensar da opinião dos que pretendem que as diferentes faculdades intelectuais e
morais do homem resultam da encarnação, nele, de outros tantos Espíritos, diferentes
entre si, cada um com uma aptidão especial?
“Refletindo,
reconhecereis que é absurda. O Espírito tem que ter todas as aptidões. Para
progredir, precisa de uma vontade única. Se o homem fosse um amálgama de Espíritos, essa
vontade não existiria e ele careceria de individualidade, pois que, por
sua morte, todos aqueles Espíritos formariam um bando de pássaros escapados da
gaiola. Queixa-se, amiúde, o homem de não compreender certas coisas e, no
entanto, curioso é ver-se como multiplica as dificuldades, quando tem ao seu
alcance explicações muito simples e naturais. Ainda neste caso tomam o efeito
pela causa. Fazem, com relação à criatura humana, o que, com relação a Deus,
faziam os pagãos, que acreditavam em tantos deuses quantos eram os fenômenos no
Universo, se bem que as pessoas sensatas, com eles coexistentes, apenas viam em
tais fenômenos efeitos provindos de uma causa única – Deus.”
quarta-feira, 2 de abril de 2014
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