sexta-feira, 4 de março de 2016

282. QUESTÕES SOBRE AS EVOCAÇÕES

1ª Pode alguém, sem ser médium, evocar os Espíritos?
“Toda gente pode evocar os Espíritos e, se aqueles que evocares não puderem manifestar-se materialmente, nem por isso deixarão de estar junto de ti e de te escutar.”
2ª O Espírito evocado atende sempre ao chamado que se lhe dirige?
“Isso depende das condições em que se encontre, porquanto há circunstâncias em que não o pode fazer.”
3ª Quais as causas que podem impedir atenda um Espírito ao nosso chamado?

“Em primeiro lugar, a sua própria vontade; depois, o seu estado corporal, se se acha encarnado, as missões de que esteja encarregado, ou ainda o lhe ser, para isso, negada permissão.
“Há Espíritos que nunca podem comunicar-se: os que, por sua natureza, ainda pertencem a mundos inferiores à Terra. Tão pouco o podem os que se acham nas esferas de punição, a menos que especial permissão lhes seja dada, com um fim de utilidade geral. Para que um Espírito possa comunicar-se, preciso é tenha alcançado o grau de adiantamento do mundo onde o chamam, pois, do contrário, estranho que ele é às idéias desse mundo, nenhum ponto de comparação terá para se exprimir. O mesmo já não se dá com os que estão em missão, ou em expiação, nos mundos inferiores. Esses têm as idéias necessárias para responder ao chamado.”
4ª Por que motivo pode a um Espírito ser negada permissão para se comunicar?
“Pode ser uma prova, ou uma punição, para ele, ou
para aquele que o chama.”
5ª Como podem os Espíritos, dispersos pelo espaço ou pelos diferentes mundos, ouvir as evocações que lhes são dirigidas de todos os pontos do Universo?
“Muitas vezes são prevenidos pelos Espíritos familiares que vos cercam e que os vão procurar. Porém, aqui se passa um fenômeno difícil de vos ser explicado porque ainda não podeis compreender o modo de transmissão do pensamento entre os Espíritos. O que te posso afirmar é que o Espírito evocado, por muito afastado que esteja, recebe, por assim dizer, o choque do pensamento como uma espécie de comoção elétrica que lhe chama a atenção para o lado de onde vem o pensamento que o atinge. Pode dizer-se que ele ouve o pensamento, como na Terra ouves a voz.”
a) Será o fluido universal o veículo do pensamento, como o ar o é do som?
“Sim, com a diferença de que o som não pode fazer-se ouvir senão dentro de um espaço muito limitado, enquanto que o pensamento alcança o infinito. O Espírito, no Além, é como o viajante que, em meio de vasta planície, ouvindo pronunciar o seu nome, se dirige para o lado de onde o chamam.”
6ª Sabemos que as distâncias nada são para os Espíritos; contudo, causa espanto ver que respondem tão prontamente ao chamado, como se estivessem muito perto.
“É que, com efeito, às vezes, o estão. Se a evocação é premeditada, o Espírito se acha de antemão prevenido e freqüentemente se encontra no lugar onde o vão evocar, antes que o chamem.”
7ª Dar-se-á que o pensamento do evocador seja mais ou menos facilmente percebido, conforme as circunstâncias?
“Sem dúvida alguma. O Espírito é mais vivamente atingido, quando chamado por um sentimento de simpatia e de bondade. É como uma voz amiga que ele reconhece. A não se dar isso, acontece com freqüência que a evocação nenhum efeito produz. O pensamento que se desprende da evocação toca o Espírito; se é mal dirigido, perde-se no vácuo.
Dá-se com os Espíritos o que se dá com os homens; se aquele que os chama lhes é indiferente ou antipático, podem ouvi-lo, porém, as mais das vezes, não o atendem.”

DO LIVRO: "O LIVRO DOS MÉDIUNS" ALLAN KARDEC - FEB

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